terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Responsabilidade com o dinheiro público

O atual presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais demonstrou grande senso de responsabilidade e respeito pelo dinheiro público, no caso, especificamente, ao suspender (cancelar?) o faraônico projeto, até então, idealizado para acolher os respeitáveis membros da maior Corte Judiciária do Estado de Minas Gerais. Na prática, trata-se da aquisição da sede (edifício) localizada na Av. Raja Gabaglia (Belo Horizonte) numa operação anunciada no importe de R$ 70.000.000,00. Embora o número possa assustar, é importante registrar tratar-se de um empreendimento que substitui o que vinha sendo cogitado até recentemente, este, sim, estimado numa impressionante importância, superior a R$ 500.000.000.00!!! Então, observando a diferença de cifras econôminas, pode-se concluir que os cofres públicos, a princípio, economizarão nada menos que o respeitável montante de quase R$ 400.000.000,00!!!
Evidentemente que o nosso Judiciário (e seus respeitáveis e admiráveis membros) merece instalações condizentes com a magnitude do encargo que lhe é confiado. Todavia, não se pode ignorar a realidade brasileira, em nome da "sensibilidade" exacerbada de alguns, que, a despeito de "preservarem" a dignidade das próprias funções, lançam-se numa empreitada feérica que viole as condições dos cofres alimentados com recursos provindos dos nossos bolsos.
Portanto, pelo que restou articulado, todo o respeito e admiração à diretoria do Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que, no nosso modesto entender, demonstrou grande espírito público, sepultando (espera-se que definitivamente) um megalomaníaco projeto, ao qual, por ora, não se pode imputar quaisquer outros interesses que apenas a "singela acomodação" dos doutos Desembargadores e as próprias atividades jurisdicionais...
Mas que um investimento da ordem de R$ 500.000.000,00 (ufa, haja zeros...) era irreal, abusivo e até mesmo acintoso, isto era...

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