terça-feira, 5 de julho de 2011

Senadores

Rápido e sintético, assim espero transmitir esta mensagem.

Nos últimos dias perdemos um "homem público" reconhecido por sua idoneidade moral e sua retidão ética, independentemente de eventuais críticas oponíveis à sua administração quando responsável pelo Executivo estadual.

Com seu passamento, assumirá seu vice, o Sr. Zezé Perrela, de triste memória quando eleito deputado federal.

Antes, a representação política mineira, no Senado Federal, sofrera a perda de Eliseu Resende, imediatamente substituído por Clésio Andrade.

Segundo consta, os vices colaboraram economicamente para a campanha eleitoral dos titulares da chapa candidata ao Senado Federal.

Ao que tudo indica, Minas Gerais perde. E a reforma política? Continuará sendo assim, cargos e funções públicas sendo "adquiridos" por quem tenha poder econômico e alguma visão comercial?

De qualquer forma, Zezé Perrela e Clésio Andrade devem ser reconhecidos como comerciantes competentes. Mais que o poder econômico, vislumbram a possibilidade do poder político.

No mais, é investir... Como em diversos segmentos da economia, o retorno comporta algum risco. Ou como aprendi ainda nos bancos da faculdade, a morte não é um evento aleatório, eis que absolutamente certo e inevitável, embora diferido em razão do momento.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sobre o Tempo

No mundo conturbado em que vivemos, cada vez mais o tempo se apresenta como algo extremamente valioso, porquanto condiciona nosso próprio cotidiano. E assim, à medida em que a vida moderna vai se desenvolvendo, as pessoas se vêem, progressivamente, menos dispostas a atividades que impliquem no dispêndio de algum tempo. O tempo vai se constituíndo, então, numa "moeda valiosa", sem que as pessoas se dêem conta de que o tempo é imprescindível à própria experiência existencial.
Então, valemo-nos desta via para trasmitir uma notável reflexão filosófica do grande Santo Agostinho que, na obra "Confissões", nos apresenta o belo texto que segue transcrito:
"O que é realmente o tempo? Quem poderia explicá-lo de modo fácil e breve? Quem poderia captar o seu conceito, para exprimi-lo em palavras? No entanto, que assunto mais familiar e mais conhecido em nossas conversações? Sem dúvida, nós o compreendemos quando dele falamos, e compreendemos também o que nos dizem quando dele nos falam. Por conseguinte, o que é tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicá-lo a quem me pergunta, então não sei. No entanto, posso dizer com segurança que não existiria um tempo passado, se nada passasse; e não existiria um tempo futuro, se nada devesse vir; e não haveria o tempo presente se nada existisse. De que modo existem esses dois tempos - passado e futuro -, uma vez que o passado não mais existe e o futuro ainda não existe? E quanto ao presente, se permanecesse sempre presente e não se tornasse passado, não seria mais tempo, mas eternidade. Portanto se o presente, para ser tempo, deve se tornar passado, como poderemos dizer que existe, uma vez que a sua razão de ser é a mesma pela qual deixará de existir? Daí não podermos falar verdadeiramente da existência do tempo, senão enquanto tende a não existir."
Graaande Santo Agostinho...